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domingo, 18 de setembro de 2011

News e você

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Clínicas que internam viciados em crack à força aplicam tática do "convencimento"

Posted: 18 Sep 2011 08:47 AM PDT

Uma arma improvisada com um pedaço de madeira foi a forma que Michel* encontrou para interromper o tratamento forçado para se desintoxicar do uso de crack e outras drogas. Mas "antes de fazer alguma besteira", como ele mesmo descreve, resolveu conversar com um psicólogo. Largou a arma e resolveu ficar por mais um tempo.


Michel tem 22 anos e usa drogas desde os 11, quando experimentou maconha pela primeira vez. Na gíria do tráfico, ele fazia "cruzado", misturava o consumo de várias drogas, como crack, cocaína, ecstasy, cola de sapateiro, entre outras. Diz já ter usado "de tudo". Ele é paciente da clínica Maia Prime, onde faz tratamento compulsório. Atualmente, está em sua terceira tentativa para se livrar da dependência. Agora, ele está na clínica por que quer.

Essa é base do tratamento compulsório na iniciativa privada: convencer o paciente. A postura joga um pouco de luz na discussão no país sobre a internação obrigatória de dependentes de crack. O Rio de Janeiro já adota isso. Em São Paulo, o governo estuda uma medida semelhante.

Na iniciativa privada, as internações à força já acontecem. O coordenador de terapia da clínica, o psicólogo Luciano Oliveira, diz que, quando é necessário trazer um paciente compulsório, uma empresa terceirizada especializada nesse tipo de caso faz o trabalho.
Segundo Oliveira, a equipe é constituída de três seguranças - geralmente, ex-usuários de drogas - que tentam convencer o paciente. Eles vão acompanhados de um médico e um enfermeiro, que aplicam calmantes caso a resistência do paciente seja grande.

Na clínica, de acordo com Oliveira, o convencimento segue.

– Membros da nossa equipe descrevem situações muito familiares aos usuários de drogas. Eles acabam se convencendo de que devem ficar.

A clínica tem grades e portas com fechaduras, mas nada muito difícil de pular.

Chá de "játobom"

Depois do convencimento, há uma fase delicada, segundo descrição de Oliveira e dois pacientes compulsórios que conversaram conosco: o chá de "játobom". É o momento em que o paciente acha que, como já passou algum tempo sem as drogas, está curado.

Para Amanda*, 36 anos, isso é uma parte da manipulação dos "adictos" - termo que os próprios dependentes parecem preferir usar. Um adicto, segundo ela, é capaz de contar qualquer mentira para consumir drogas. A enganação pode ser até para si.

– Logo você já acha que está pronto para sair, que pode se tratar lá fora indo ao narcóticos anônimos... mas é mentira. É pura manipulação.

Sandra também já tentou fugir, mas foi parada pelos seguranças de uma outra clínica onde se tratava. Uma das razões para fugir: a comida.

– Eles serviam um frango cru horroroso.

Agora, Sandra diz querer sair pela porta da frente, quando já tiver aprendido a lidar com seu vício.

Características

Especialistas dizem que cada corpo reage de uma forma diferente ao crack, porém algumas características comuns podem ser apontadas como indícios.

Como Amanda e Michel disseram, os usuários da droga costumam mentir muito. Fisicamente, os dedos das mãos têm marcas de queimaduras - provocadas pelo acender do cachimbo. Além disso, o usuário come e dorme pouco, o que provoca magreza e olheiras. O usuário começa a ter problemas de pele (como escamação).

Psicologicamente, Oliveira descreve o usuário de crack como uma pessoa com um "vazio emocional" e baixa autoestima.

* Nomes fictícios

Programa de TV na Rússia acaba em pancadaria

Posted: 18 Sep 2011 08:46 AM PDT

Em 2020, SP terá frota de 8 milhões e paulistano só vai poder sair de carro nos fins de semana

Posted: 18 Sep 2011 08:46 AM PDT

Na Semana Nacional de Trânsito, que começa neste domingo (18), especialistas no assunto levantam números que reforçam o aviso de que é preciso investir urgentemente na ampliação do transporte público ou, inevitavelmente, todos os paulistanos serão obrigados a mudar radicalmente seus hábitos. Para eles, se os índices de crescimento da frota de veículos individuais e do transporte coletivo de qualidade, como o metrô, se mantiverem os mesmos até o final da década, a maior parte dos motoristas só conseguirá andar de carro na cidade nos fins de semana.

De acordo com o consultor e mestre em transportes, Sergio Ejzenberg, em 2020, o uso do veículo de passeio na capital paulista deverá ficar restrito às atividades de lazer e compras, feitas basicamente aos fins de semana e fora dos horários de pico do trânsito.

No cenário previsto por Ejzenberg para 2020, só a frota de carros e motos, sem contar ônibus, micro-ônibus, caminhões etc, chegará aos cerca de 8 milhões. Atualmente, São Paulo concentra 5,1 milhões de carros e a frota total já passa dos 7,1 milhões. Segundo o consultor, o número de automóveis deve pular para mais de 6 milhões e o de motos, para mais de 1,5 milhão até 2020.

- O problema maior não é o tamanho da frota em si, mas o uso que se faz do automóvel. A pesquisa Origem/Destino do Metrô [feita entre agosto de 2007 a abril de 2008] aponta que essas viagens eletivas [lazer] somam aproximadamente 20% do total na região metropolitana. Já os deslocamentos por motivo de trabalho e educação somam 80% e são feitos na hora de pico.

O professor de engenharia de tráfego da Unicamp (Universidade de Campinas), Percival Bisca, concorda que, neste futuro não tão distante, as pessoas deverão adequar o uso do automóvel, como já é feito em cidades dos Estados Unidos e da Europa.

- Ter um automóvel é um desejo muito forte das pessoas. Se você tem dinheiro, como não vai ter carro? Mas uma coisa é você ter, outra é usá-lo para trabalhar. Em Nova York, por exemplo, as pessoas têm automóvel, mas não usam para trabalhar. Usam para o final de semana, para passear, viajar.

Os especialistas afirmam, no entanto, que para que essa mudança de hábito ocorra é preciso oferecer um serviço de transporte público de qualidade, que atenda à demanda da população que, só no capital paulista, chega aos 11,2 milhões de habitantes.

Metrô

Para Ejzenberg, a solução é ter uma ampla rede de metrô, que seja interligada a outros modais como corredores de ônibus (inclusive intermunicipais) e trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)
- Se Estado, município e a União concentrarem esforços, não haverá problema de mobilidade em São Paulo.

A promessa do governo de São Paulo é que o sistema - que atualmente conta com 70,6 km de trilhos - deverá chegar a 140 km de extensão até o final desta década. A previsão do coordenador de implantação de projetos do Metrô, Jayme Domingo Filho, inclui ainda a construçãodos monotrilhos da linha 17-Ouro e da linha 2 – Verde.

Segundo ele, o crescimento será suficiente para atender 7 milhões de pessoas por dia. Levando em conta que cada carro transporta, em média, entre uma e duas pessoas, os 7 milhões equivaleriam à média do número de pessoas que circulam de automóvel todos os dias na capital atualmente.

No pico alcançado pelo Metrô em agosto deste ano, mais de 4 milhões de passageiros foram transportados pelo sistema em um único dia.

- O planejamento é para suportar uma demanda que está reprimida. Aquela pessoa que nunca pegou o metrô, e que vai pegar.

Apesar da visão positiva de Domingo Filho, caso esse crescimento do Metrô se confirme e, até o final da década, a cidade tenha 140 km de trilhos, a extensão é menos da metade da meta anunciada pelo PSDB em 1999 (durante o governo Mário Covas) de atingir 284 km de malha metroviária até 2020.

Outros investimentos

Bisca defende ainda que só o crescimento do transporte público não resolverá o problema. Para ele, é importante melhorar também o sistema viário, não apenas nas áreas periféricas, mas no centro da própria cidade, com a criação de mais túneis e ampliação das vias.

- São Paulo não deu a devida atenção ao sistema viário e nem fez obras para o automóvel. As últimas grandes obras foram o Minhocão e a avenida 23 de Maio, nos anos 70. É muito pouco, precisa fazer mais.

Domingo Filho também afirma que só metrô não irá resolver o problema na cidade.

- A cidade precisa de mais projetos e será preciso mais ações, não só na área de transportes, mas também na ocupação de solos. Criar empregos, melhorar as atividades nas regiões extremas na cidade, que possibilitem que o pessoal que more nessas regiões não precise de transporte para chegar ao trabalho.

Assista ao vídeo:

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Milionário russo dá socos em empresário em programa de TV

Posted: 18 Sep 2011 08:44 AM PDT

O multimilionário russo Alexandre Lebedev, um dos principais acionistas da companhia aérea Aeroflot e proprietário de vários jornais britânicos, atacou com socos outro rico empresário durante um programa de televisão.

As informações foram divulgadas pelo canal NTV em seu site. Lebedev, ex-agente da KGB e crítico do regime russo, atingiu Serguei Polonski, ex-chefe do grupo imobiliário Mirax Group, durante um debate na TV sobre a crise financeira, que deve ser transmitido no domingo.

No trecho divulgado pela NTV, Lebedev se levanta de sua cadeira e atinge Polonski no rosto, fazendo-o cair, pouco depois deste último dizer em relação aos outros convidados que queria "dar um soco na cara deles".

Alexandre Lebedev, proprietário dos jornais britânicos The Independent, The Evening Standard e da publicação de oposição russa Novaia Gazeta, se justificou em seu blog explicando que seu adversário havia se comportado de maneira agressiva durante toda a gravação, e que havia se mostrado ameaçador.

Quinze pessoas morrem em ataque no noroeste do Paquistão

Posted: 18 Sep 2011 08:43 AM PDT

Ao menos 15 pessoas morreram neste domingo (18) após um ataque de um grupo de desconhecidos armados contra um posto de segurança do Exército no noroeste do Paquistão, informou o canal local de televisão "Dawn". As vítimas são um soldado, quatro membros de um comitê tribal e dez agressores, segundo a fonte.
Após o ataque, as forças de segurança paquistanesas lançaram na noite de sábado (17) uma contra-ofensiva na área. O incidente aconteceu ao sul da cidade de Peshawar, no distrito de Bara, uma região de fronteira com o Afeganistão e onde vários grupos armados que operam em ambos os lados da fronteira têm suas fortificações.

A área é frequente cenário de atentados terroristas e confrontos armados entre as organizações insurgentes e as forças de segurança paquistanesas, que realizam campanhas periódicas para limpar a área dos rebeldes. Na região também são registrados ataques de aviões norte-americanos não tripulados que bombardeiam posições de milicianos talibãs e grupos afins.


Colômbia localiza quase 2.000 minas terrestres na fronteira com Peru e Equador

Posted: 18 Sep 2011 08:41 AM PDT

O Exército colombiano localizou e destruiu neste ano 1.961 minas terrestres espalhadas pela guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Putumayo, Departamento da fronteira sul com o Equador e Peru, informaram neste sábado (17) as autoridades militares regionais.

O número de minas mostra que a ofensiva militar contra os rebeldes os levou a plantar indiscriminadamente artefatos para deter o avanço das tropas, afirmou o responsável militar da região, o general José Guillermo Delvasto.

- Este inimigo difícil de combater não dorme, não se movimenta, não fica desgastado, também não tem data de vencimento e não requer o cuidado de guerrilheiros para que entre em ação.

As minas, acrescentou Delvasto, são abandonadas à deriva para retardar o avanço das tropas e permitir que os terroristas das Farc escapem dos locais dispostos pelo Exército.O oficial, que dirige a Brigada 27 em Mocoa, a capital de Putumayo, disse que as tropas de sua unidade também confiscaram no na região 3.882 kg de explosivos. É uma quantidade com a qual poderiam "ter preparado e semeado mais de 10 mil artefatos explosivos", advertiu Delvasto.

O chefe militar disse que Putumayo é importante para as Farc por causa de suas condições de selva, que dão refúgio aos rebeldes e facilitam a produção de droga.

Mutirão na zona sul de SP seleciona para 3.700 vagas de emprego

Posted: 18 Sep 2011 08:40 AM PDT

O Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, recebe neste domingo (18) o Mutirão da Cidadania, das 9h às 16h.

Serão oferecidos diversos serviços para a comunidade, e o CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador) irá fazer a intermediação de vagas de trabalho.Ao todo, serão 3.700 oportunidades de emprego nos setores de serviço, comércio, construção civil e indústria, distribuídas em todas as regiões da capital e da Grande São Paulo.

Entre as opções estão 300 vagas para operador de supermercados, 69 para atendente de lanchonete, 24 para auxiliar de linha de produção, 20 para pedreiro, 50 para vigilante, 30 para ajudante de carga e descarga e 14 para costureira, entre outros.

No evento também estarão empresas oferecendo chances para quem quiser trabalhar em call center e no comércio.

Bandido tenta fazer arrastão em farmácias da zona norte

Posted: 18 Sep 2011 08:38 AM PDT

Um homem foi detido na manhã deste domingo (18) por roubar duas farmácias e tentar assaltar uma terceira na região de Santana, zona norte da cidade de São Paulo. A prisão foi feita por policiais militares da 1° Companhia do 9° Batalhão que, em tese, estariam de folga, mas na realidade estavam na operação Delegada.

De acordo com a PM, os policiais estavam em patrulhamento a pé, quando notaram que um homem saiu correndo de uma farmácia em direção a outra, na rua Voluntários da Pátria. Ao abordarem o suspeito, os militares descobriram que ele já havia roubado duas outras farmácias em ruas próximas.

O criminoso já tem antecedentes por roubo e agia simulando estar armado.

Ele estava com certa quantia em dinheiro, que ainda não foi somado pelos policials. O caso será apresentado no 13° Distrito Policial, onde as outras vítimas já estão presentes.

Clínicas que internam viciados em crack à força aplicam tática do "convencimento"

Posted: 18 Sep 2011 08:38 AM PDT

Uma arma improvisada com um pedaço de madeira foi a forma que Michel* encontrou para interromper o tratamento forçado para se desintoxicar do uso de crack e outras drogas. Mas "antes de fazer alguma besteira", como ele mesmo descreve, resolveu conversar com um psicólogo. Largou a arma e resolveu ficar por mais um tempo.

Michel tem 22 anos e usa drogas desde os 11, quando experimentou maconha pela primeira vez. Na gíria do tráfico, ele fazia "cruzado", misturava o consumo de várias drogas, como crack, cocaína, ecstasy, cola de sapateiro, entre outras. Diz já ter usado "de tudo". Ele é paciente da clínica Maia Prime, onde faz tratamento compulsório. Atualmente, está em sua terceira tentativa para se livrar da dependência. Agora, ele está na clínica por que quer.

Essa é base do tratamento compulsório na iniciativa privada: convencer o paciente. A postura joga um pouco de luz na discussão no país sobre a internação obrigatória de dependentes de crack. O Rio de Janeiro já adota isso. Em São Paulo, o governo estuda uma medida semelhante.

Na iniciativa privada, as internações à força já acontecem. O coordenador de terapia da clínica, o psicólogo Luciano Oliveira, diz que, quando é necessário trazer um paciente compulsório, uma empresa terceirizada especializada nesse tipo de caso faz o trabalho.
Segundo Oliveira, a equipe é constituída de três seguranças - geralmente, ex-usuários de drogas - que tentam convencer o paciente. Eles vão acompanhados de um médico e um enfermeiro, que aplicam calmantes caso a resistência do paciente seja grande.

Na clínica, de acordo com Oliveira, o convencimento segue.

– Membros da nossa equipe descrevem situações muito familiares aos usuários de drogas. Eles acabam se convencendo de que devem ficar.

A clínica tem grades e portas com fechaduras, mas nada muito difícil de pular.

Chá de "játobom"

Depois do convencimento, há uma fase delicada, segundo descrição de Oliveira e dois pacientes compulsórios que conversaram : o chá de "játobom". É o momento em que o paciente acha que, como já passou algum tempo sem as drogas, está curado.

Para Amanda*, 36 anos, isso é uma parte da manipulação dos "adictos" - termo que os próprios dependentes parecem preferir usar. Um adicto, segundo ela, é capaz de contar qualquer mentira para consumir drogas. A enganação pode ser até para si.

– Logo você já acha que está pronto para sair, que pode se tratar lá fora indo ao narcóticos anônimos... mas é mentira. É pura manipulação.

Sandra também já tentou fugir, mas foi parada pelos seguranças de uma outra clínica onde se tratava. Uma das razões para fugir: a comida.

– Eles serviam um frango cru horroroso.

Agora, Sandra diz querer sair pela porta da frente, quando já tiver aprendido a lidar com seu vício.

Características

Especialistas dizem que cada corpo reage de uma forma diferente ao crack, porém algumas características comuns podem ser apontadas como indícios.

Como Amanda e Michel disseram, os usuários da droga costumam mentir muito. Fisicamente, os dedos das mãos têm marcas de queimaduras - provocadas pelo acender do cachimbo. Além disso, o usuário come e dorme pouco, o que provoca magreza e olheiras. O usuário começa a ter problemas de pele (como escamação).

Psicologicamente, Oliveira descreve o usuário de crack como uma pessoa com um "vazio emocional" e baixa autoestima.

* Nomes fictícios

Começo do videogame no Brasil foi marcado por “pirataria legalizada”

Posted: 18 Sep 2011 08:37 AM PDT

Uma reserva de mercado para empresas de software permitiu que pequenas empresas do Brasil copiassem descaradamente os jogos e videogames de empresas estrangeiras. Apesar de desrespeitar a propriedade intelectual de fabricantes como Atari e Coleco, as cópias estavam dentro da lei brasileira.
A saga do desenvolvimento dos primeiros videogames no Brasil, que viraram febre no começo dos anos 80, é o tema do livro 1983: O ano dos videogames no Brasil, lançado no início deste mês por Marcus Vinicius Garret Chiado, de 38 anos, também conhecido pelo nickname Garretimus.

Fruto de intensa pesquisa em jornais da época, 1983 traz a história do Atari e outros consoles que disputavam o mercado. O autor compara o fetiche da época pelos videogames com o atual iPad, capaz de provocar imensas filas a cada versão que é lançada.

Garretimus conversou com o Site sobre esse e outros assuntos. Veja os principais trechos:

Site - O que motivou o sr. a escrever esse livro?
Garretimus
- A ausência desse tipo de material no mercado. Eu colecionei videogames e micros antigos de 1995 até o ano passado. Lá fora, os americanos e europeus levam a sério isso. E aqui no Brasil não tem material.

Site - O país teve que apelar para o jeitinho brasileiro para lançar os primeiros videogames?
Marcus Vinicius Garret Chiado
- Teve, né? A reserva de mercado criada pelos militares proibia que empresas estrangeiras entrassem no país para produzir qualquer coisa que tivesse microchip ou microprocessador. Não podia nem importar.

Site - Isso atrasou o desenvolvimento dos videogames no Brasil?
Garretimus
- Na verdade, a reserva apressou. Por causa da reserva, a gente teve vários clones de cartucho e videogames. De tudo quanto é marca. Um sujeito que não podia comprar um cartucho oficial da Polyvox de Atari, comprava um mais barato que os oficiais. Ajudou a popularizar o videogame.

Site - O que essas empresas faziam era uma espécie de pirataria?
Garretimus
- Sim, uma espécie de "pirataria legalizada". Em 82 saiu uma normativa da SEI, a Secretaria Especial de Informática. Era proibido o envio de royalties referentes a software para empresas do exterior. Então o pessoal deitava e rolava. Nem se o cara quisesse pagar para a Activision, por exemplo, não podia, porque era contra a lei. Aí todo mundo queria fazer cartucho de Atari. Era tudo vendido legalmente nas lojas, com nota fiscal, garantia. Em termos de Brasil, não era pirataria.

Site - O Brasil aprendeu com a reserva?
Garretimus
- Não aprendeu a fazer. Só aprendeu a copiar na cara dura. Era tudo cópia. Hoje está aí, o Brasil não produz nada de videogames.

Site- Quando cai a reserva?
Garretimus
- Com a entrada do presidente Collor. Por isso você acha hoje brinquedo da Mattel no shopping. Nos anos 80, era a Estrela que lançava os produtos da Mattel. Você acha produtos das marcas originais a vontade. Quando eu era criança [Garretimus tem 34 anos], não tinha essa variedade.

Site- Como o Brasil recebeu o videogame?
Garretimus - O país ficou apaixonado pelo videogame. Era uma coisa para toda a família. A mãe queria ter um Atari, todo mundo queria ter, era um símbolo da modernindade. Hoje é muito mais focado na figura do gamer, do nerd. No anos 80, o país ficou apaixonado pelo videogame.

Site - Os novos videogames não enfocam esse sentimento família?
Garretimus
- Ah, sim, aí vem a segunda parte, com o Wii, o Xbox e o Kinect parecem resgatar isso. Minha esposa e minha filha jogam. Elas não vão jogar um Call of Duty, esquece. Nesse aspecto, o videogame está voltando a juntar a família de novo.

Serviço

1983: O ano dos videogames no Brasil pode ser encomendado pelo e-mail euquero1983@gmail.com. O livro custa R$ 45 já com a despesa de frete.

Internação por cirrose alcoólica cresce 50% no estado de São Paulo

Posted: 18 Sep 2011 08:33 AM PDT

As internações por cirrose hepática causada pela ingestão de bebidas alcoólicas aumentaram quase 50% nos últimos cinco anos nos hospitais do estado de São Paulo. Em 2007, foram internadas cerca de 2.100 pessoas com o problema e a estimativa para este ano é de mais de 3.000 pacientes. Os dados são do Serviço de Hepatologia do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo.

De acordo com o coordenador do serviço, o médico Carlos Baía, o levantamento indica que as pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas.

– A quantidade de álcool para provocar uma cirrose varia caso a caso. Geralmente são quantidades que as pessoas podem achar pequenas, como quatro ou cinco doses de bebidas destiladas por dia, se for consumido diariamente por dez anos.

O álcool inflama e destrói gradualmente as células do fígado que, ao longo do tempo, passa a ficar tomado por pequenas cicatrizes, e tem seu funcionamento prejudicado. Estima-se que em torno de 15% dos alcoólatras cheguem a esta etapa em um período entre dez e 15 anos de dependência.

– Uma das características do álcool é induzir tolerância e a pessoa precisa de uma quantidade cada vez maior para sentir o mesmo efeito de relaxamento inicial.

As complicações decorrentes da doença podem ocorrer lentamente e desencadear o acúmulo de água na barriga, inchaço nas pernas, confusão mental, e até o desenvolvimento de câncer no fígado e hemorragias digestivas.

Baía ressalta que o transplante de fígado só é indicado em casos muito graves, quando o paciente já está com as funções vitais do órgão totalmente comprometidas. Segundo o Hospital de Transplantes, os dependentes de álcool correspondem a cerca de 15% das pessoas que estão na lista de espera.

– A porcentagem é baixa porque existem mecanismos para restringir a entrada dessas pessoas na lista. Não se faz transplante em uma pessoa que tem alto risco de voltar a beber.

Para poder entrar na lista de espera do transplante, a pessoa tem de estar a pelo menos seis meses sem consumir bebida alcoólica.

Hepatites virais, principalmente a do tipo C, também desencadeiam a cirrose hepática. O médico orienta as pessoas a realizar o teste laboratorial com exame de sangue.

– Prevenção é sempre a melhor escolha. A hepatite C, por exemplo, é uma doença silenciosa e o combate fica mais fácil se o diagnóstico for precoce.

Verba extra para a saúde pode sair de novo de imposto, taxa sobre cigarros ou bingos

Posted: 18 Sep 2011 08:31 AM PDT

O governo federal quer que o Congresso apresente, o quanto antes, uma proposta que contribua para aumentar os investimentos em saúde no Brasil. Isso porque, se aprovada pela Câmara na próxima quarta-feira (21), a Emenda Constitucional 29, que fixa percentuais de gastos públicos com o setor, vai aumentar, em muito, as despesas federais – justamente em um momento em que o Planalto se esforça para economizar.

Enquanto os parlamentares debatem a Emenda 29, o governo analisa as propostas já apresentadas para diminuir o impacto sobre os cofres da União. Uma das principais é a criação de um novo imposto, a CSS (Contribuição Social para a Saúde) – a chamada "nova CPMF" –, que prevê a cobrança da alíquota de 0,1% sobre as movimentações bancárias. Diferentemente do extinto "imposto do cheque", o valor arrecadado com esse tributo iria integralmente para a saúde.

A presidente Dilma Rousseff, contudo, já demonstrou não estar convencida de que essa é a melhor saída, já que a medida é extremamente impopular, considerando a taxa de impostos paga pelos brasileiros. No último dia 13, o impostômetro da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), que contabiliza todas as taxas pagas nas três esferas do governo (federal, estadual e municipal), passou da marca de R$ 1 trilhão.

Para o presidente da CPES (Centro Paulista de Economia da Saúde) e professor da escola de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Marcos Bosi Ferraz, o imposto é a saída "mais fácil", mas está longe de ser a adequada.
- [Antes de propor a criação de um novo imposto] Tem uma série de potenciais reformas que precisariam ser feitas dentro do Estado. A saída mais fácil, eu não tenho dúvidas, é a criação do novo imposto. Mas, no médio prazo, eu receio que ela não resolva o problema. [...] A gente corre o risco de tomar decisões mais simples por falta de uma discussão mais aprofundada e visão de longo prazo.

Ao R7 o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), coordenador da Frente Parlamentar da Saúde, disse que dificilmente a medida será aprovada na Câmara. Para ele, existem outras saídas mais viáveis para melhorar o caixa da União, como a diminuição das taxas de juros pagas pelo brasileiro.

-Na Câmara, essa [proposta] cai. [...] Eu tenho uma tese de que não precisa de dinheiro novo, isso é uma questão de escolha, de definir prioridades.

Outra alternativa, que tem o apoio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é a tributação de cigarros e bebidas alcoólicas, cuja arrecadação seria destinada à saúde. Em entrevista no início do mês, no Rio Grande do Sul, Padilha argumentou que os dois produtos geram prejuízos indiretos sobre o SUS (Sistema Único de Saúde).

- Eu defendo que fontes possíveis sejam a tributação de cigarro, pelo impacto que o cigarro tem na saúde do país. Tributação do álcool, pelo impacto que o álcool tem na saúde do país.

Uma terceira proposta em discussão na Câmara prevê legalizar os bingos para destinar os impostos arrecadados com a atividade à área da saúde. De acordo com Perondi, a medida injetaria cerca de R$ 6 bilhões por ano aos cofres públicos.

- Quase todos os governos [de outros países] já regulamentaram [o bingo].

A ideia, contudo, não agrada ao governo, como deixou claro a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, em declaração feita no início do mês.

- Da parte do governo, não há qualquer apoio a jogos [de azar].

Após a votação na Câmara, a Emenda 29 ainda precisa ser analisada novamente pelo Senado. Até lá, portanto, a expectativa é que propostas menos polêmicas sejam apresentadas.

Gêmeas siamesas unidas pela cabeça são separadas em Londres

Posted: 18 Sep 2011 08:30 AM PDT

Gêmeas siamesas que nasceram unidas pela cabeça foram separadas com sucesso após quatro operações em Londres.

As bebês Rital e Ritag Gaboura, de 11 meses, passaram pela cirurgia final no Hospital Infantil Great Ormond Street no dia 15 de agosto, mas só neste domingo (18) foram divulgadas informações sobre seu estado de saúde.

As meninas sudanesas, que tiveram a viagem e todo o tratamento médico pago pela instituição de caridade Facing the World, parecem não ter sofrido danos neurológicos.

Gêmeos siameses são extremamente raros e apenas 5% deles são unidos pelo crânio. Destes, cerca de 40% morrem antes mesmo do nascimento ou durante o parto e outros 35% morrem nas primeiras 24 horas de vida, o que faz com que apenas 25% dos bebês unidos pela cabeça sobrevivam.

Sorte

Rital e Ritag nasceram de cesariana na capital do Sudão, Cartum.

Devido à maneria como suas cabeças eram unidas, havia grande fluxo de sangue entre os cérebros das irmãs.

Ritag irrigava metade do cérebro da irmã, enquanto recebia quase todo esse fluxo de sangue de volta para seu coração.

A situação das gêmeas era arriscada porque qualquer queda significativa no fluxo sanguíneo cerebral poderia causar danos neurológicos. Além disso, quando elas chegaram ao Reino Unido, o coração de Ritag já estava fraco.

Devido à natureza delicada da cirurgia, a separação foi feita em quatro estágios. Após duas cirurgias em maio, foram inseridos expansores de tecido em julho, para que fosse possível fechar a cabeça de cada uma das gêmeas após a separação final, que aconteceu no dia 15 de agosto.

Siamesas após operação G

Processo de separação das gêmeas exigiu nada menos que quatro operações (Facing the World)

Privilégio

Em uma declaração, os pais das gêmeas, ambos médicos, disseram se sentir privilegiados por suas filhas terem passado pela cirurgia de que precisavam.

- Estamos muito agradecidos por poder esperar o momento em que vamos voltar para casa com duas meninas separadas e saudáveis. Agradecemos a todos os médicos que doaram seu tempo e à instituição Facing the World por organizar toda a parte logística e pagar pelas cirurgias.

Até o momento, Rital e Ritag estão reagindo a todos os testes e estímulos da mesma maneira que reagiam antes das operações, o que indica que não houve danos neurológicos. Ainda assim, devido à sua pouca idade, é impossível descartar a possibilidade de que tenha havido algum tipo de problema, segundo explicou o médico David Dunaway, da unidade de cirurgia plástica do hospital.

- A incidência de sobrevivência de gêmeos com essa condição é extremamente rara. A tarefa nos apresentou diversos desafios e todos nós sabíamos de nossa responsabilidade em relação a essa família e às duas meninas. A família Gaboura foi extremamente corajosa durante uma jornada muito estressante e seu amor pelas crianças é óbvio.

A Facing the World é mantida com doações do público.

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