Ads 468x60px

sábado, 13 de agosto de 2011

News e você

News e você


Pai mais velho da menor cidade do país diz que não comemora data

Posted: 13 Aug 2011 08:19 AM PDT

Neste domingo (14), muitos pais esperam comemorar ao lado dos filhos a data em sua homenagem. Mas namenor cidade do país, o pai mais velho de Borá (a 487 km da capital paulista) pretende passar o dia do mesmo modo que outro qualquer. Apesar dos 94 anos, dez filhos, 45 netos, 30 bisnetos e 11 tataranetos, seu Manoel Caldas diz que não "tem costume e não gosta" de comemorar a data.

- Sou muito antigo e nunca comemorei essas datas todas. Nem Dia dos Pais, nem de casamento, nem aniversário, nem nada.


Para o homem mais idoso de Borá, a data só não é um "dia em branco" por causa de algumas visitas "insistentes" e um ou outro presentinho.

- Alguns até vêm me cumprimentar, tem gente que me dá presente, mas nunca fizemos festa não ou essas comemorações. Para mim, é um dia normal, como os outros.

E o costume de seu Manoel parece ter impregnado as outras duas gerações de sua família. Por ter sido criado desta maneira, é que um dos seus filhos, Gilberto Caldas, conta que não há o que comemorar especialmente neste dia.

- Dia dos Pais para mim são todos os dias. No domingo, algumas das minhas irmãs vêm até aqui a nossa casa para dar um abraço nele, alguns netos até dão presente. Mas só isso, depois cada um volta e almoça em suas casas.

Experiência

Entre os 805 moradores da menor cidade do país, seu Manoel Caldas é o único que está na ponta da pirâmide etária, na faixa entre 90 e cem anos, segundo o censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), último registrado até agora.

Dos dez filhos que o aposentado teve com sua mulher - que já morreu e com quem viveu por 60 anos -, apenas dois não moram mais em Borá. Um está em Sorocaba (a 99 km de São Paulo) e outro no Paraná. A vitalidade do senhor mais antigo de Borá é fonte de inspiração da família.

A menor cidade do Brasil

Quase 500 km é a distância que separa a capital paulista da menor cidade do Brasil, Borá, no interior de São Paulo. Apesar de fazer parte, há muito tempo, da história das plantações de café e gado do interior do Estado, a pequenina Borá só ganhou sua "independência" há 47 anos.

Até 1964, a cidade era apenas um distrito do município de Paraguaçu Paulista. A mudança só aconteceu graças ao empenho do seu Manoel Caldas, um dos primeiros a ir morar na região.

Para se ter uma ideia do tamanho de Borá, se dividirmos em seis grupos iguais os 5.000 habitantes que vivem dentro de um dos edifícios mais famosos de São Paulo, o Copan, um desses "pedaços" será equivalente ao total de moradores de Borá. Na cidade, vivem 834 pessoas. Elas estão distribuídas em 24 ruas de seis bairros: três no centro e mais três na zona rural. Na cidade de SP, a maior do país, vivem pouco mais de 11 milhões de pessoas.


Pai que descobriu filho ao socorrer vítimas de atropelamento vira símbolo de paz

Posted: 13 Aug 2011 08:17 AM PDT

Um pai que descobriu o próprio filho ao socorrer vítimas de um atropelamento em meio aos distúrbios desta semana na cidade de Birmingham se transformou em herói no Reino Unido.

Enquanto centenas de jovens muçulmanos e siques juravam vingança pela morte de Haroon Jahan e outros dois homens, Tariq Jahan fez um apelo por calma e pela união das diferentes comunidades. Seu discurso foi visto como decisivo na diminuição das tensões raciais na cidade.

"A intervenção que ele conseguiu fazer, que foi uma das mais fortes, generosas e visionárias que eu já vi, em um momento de absoluta dor e devastação, eu acredito que foi uma intervenção decisiva para que Birmingham não sofresse tensão e violência entre comunidades", disse o comandante da polícia Chris Sims.

Atropelamento

Na terça-feira (9), Haroon Jahan, de 21 anos, Shazad Ali, de 30 anos, e Abdul Musavir, de 31, foram atropelados por um carro em alta velocidade. Segundo os relatos de Tariq Jahan, todos os moradores estavam nas ruas, tentando proteger a comunidade de saqueadores, depois que um clube e um posto de gasolina foram destruídos durante as revoltas.

Ele contou que ouviu um barulho e viu três pessoas no chão.

"Meu instinto foi ajudar as três pessoas. Eu não sabia quem elas eram ou se estavam feridas. Eu estava ajudando o primeiro rapaz e alguém veio e me disse que meu filho estava deitado atrás de mim. Eu comecei a fazer massagem cardíaca no meu próprio filho, meu rosto estava coberto de sangue, minhas mãos, cobertas de sangue", contou ele.

"O homem que o matou dirigiu na direção de um grupo de pessoas e matou três rapazes. Por quê? Qual é a razão de se fazer isso?"

"Eu não culpo o governo, eu não culpo a polícia, eu não culpo ninguém", disse ele.

"Eu perdi meu filho. Negros, asiáticos, brancos, nós todos vivemos na mesma comunidade. Por que temos que matar uns aos outros? Por que estamos fazendo isso? Dê um passo à frente se você quer perder seu filho. Caso contrário, fique calmo e vá para casa. Por favor."

Elogios

Depois do discurso que teve repercussão nacional, em entrevista ao jornal The Times, Jahan disse que não sente ódio e falou de perdão.

"Eu não sei se sou modelo ou herói. Eu sou um pai. Tudo o que quero é que haja paz para que eu e minha família possamos rezar pelo meu filho."

Na quinta-feira, um homem de 32 anos que havia sido preso por suspeita de assassinato foi libertado sob fiança. Outro homem de 26 anos e dois rapazes, de 16 e 17 anos, também foram presos em conexão com a morte dos três homens em Birmingham.

Vítimas

Um estudante da Malásia que foi roubado após ser atacado e ferido por saqueadores na segunda-feira também disse sentir pena dos homens que o atacaram e disse que havia crianças de escola primária entre eles.

O caso de Asyraf Haziq ficou conhecido depois que um vídeo foi publicado no YouTube, mostrando rapazes que fingiam ajudá-lo e acabavam roubando coisas de dentro de sua mochila.

Um homem de 68 anos que estava em coma após ser espancado enquanto tentava apagar um incêndio provocado por saqueadores morreu devido a seus ferimentos, em Londres.

Esta foi a quinta morte ligada às revoltas, depois do atropelamento dos três homens em Birmingham e da morte de um homem a tiros no sul de Londres.

Tumultos

Ao todo, mais de 1.500 pessoas foram presas por causa da violência nas ruas do Reino Unido nesta semana, mil delas em Londres.

Tribunais têm funcionado durante a madrugada para julgar os indiciados e muitos infratores vêm recebendo sentenças mais duras que o normal, após críticas da polícia e de políticos.

Em um desses casos, um homem foi condenado a seis meses na prisão por ter roubado uma caixa de água de R$ 8.

Juiz mais ameaçado do país tem escolta de dez agentes federais e posto policial em casa

Posted: 13 Aug 2011 08:16 AM PDT

Escoltado por dez policiais federais 24 horas por dia e com um posto policial dentro da própria casa, o juiz mais ameaçado do Brasil, Odilon de Oliveira, disse que o assassinato da juíza Patrícia Acioli, de 47 anos, na madrugada de sexta-feira (12) em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, expõe o descaso com a segurança dos magistrados que atuam no combate ao crime organizado.


Patrícia era conhecida por sua atuação rigorosa e tinha um histórico de condenações contra policiais. Apesar de seu nome constar em uma lista de 12 pessoas marcadas para morrer, ela não tinha mais escolta desde 2007. Considerado linha dura, Oliveira perdeu a conta de quantas ameaças sofreu em 13 anos de atuação na área criminal. Ele foi responsável pela condenação do líder da maior facção criminosa do Rio, o traficante Fernandinho Beira Mar.

Titular da 3ª Vara Federal Especializada em Crimes de Lavagem de Dinheiro, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Oliveira coleciona centenas de condenações de traficantes e contrabandistas. Ele também foi responsável por confiscar 80 fazendas, 75 imóveis, aviões, centenas de automóveis, embarcações e dinheiro do crime organizado.

Embora conte com um forte aparato de segurança, o magistrado ressalta que muitos juízes que atuam em varas criminais estão vulneráveis a atentados porque não dispõem de escolta e afirma que o Estado brasileiro atua com descaso no combate ao crime organizado.

- Quando um país não tem condições de proteger suas próprias autoridades, imagine a situação da sociedade.

Juízes ridicularizados

Sem papas na língua, Oliveira denuncia que juízes que se sentem ameaçados e pedem segurança são muitas vezes "ridicularizados" pelos tribunais que, segundo ele, também reduzem o efetivo das escoltas frequentemente "à revelia das próprias autoridades".

- Os próprios tribunais muitas vezes ridicularizam o juiz que se diz ameaçado. Isso é grave e é um descaso muito grande. Eles afirmam: 'porque não acontece com fulano, fulano, fulano e só acontece com você'. A gente encontra esse tipo de cinismo.

Oliveira cita como exemplo a morte do juiz Alexandre Martins de Castro, que atuava no combate ao crime organizado e foi assassinado em março de 2003, quando saía de uma academia em Vitória, no Espírito Santo. Ele lembra que, assim como aconteceu com a juíza Patrícia, a escolta do magistrado havia sido reduzida de três policiais para apenas um. Segundo Oliveira, se sentindo abandonado, o juíz de Vitória dispensou a presença do agente.

- São ameaças concretas. Ninguém ameça ninguém à toa ou passa trote. Isso não existe. São pessoas alheias que ainda não tiveram compreensão da realidade. Não conhecem nem a realidade brasileira ou se deixam levar pelo cinismo. Isso acontece bastante.

Ele lembra que a juíza Patrícia Acioli atuava em um ambiente de extremo risco porque "condenava, prendia e investigava pessoas muito preparadas e familizariadas com a criminalidade, tanto combatendo quanto navegando com o crime. São pessoas destemidas, daí o risco maior".

Agentes de segurança carimbando processos

Hoje, os magistrados ameaçados de morte contam com uma segurança temporária feita pela PF (Polícia Federal). No Senado Federal, um projeto de lei, recomendado pela Associação de Magistrados, promete criar uma guarda especializada para garantir a proteção de juízes. Pela proposta, cada tribunal teria segurança própria e seria responsável pelo treinamento dos novos policiais.

Oliveira é favorável ao projeto de lei, mas lembra que os tribunais federais já contam com 6.000 agentes concursados para cuidar da segurança dos magistrados e dos fóruns. Entretanto, ele afirma que esse contingente estaria atuando em funções administrativas.

- Estão todos carimbando processos. Há um desvio funcional e o Poder Judiciário é responsável por isso.

Ironicamente, ao mesmo tempo que condena criminosos a penas de prisão, Oliveira perdeu a liberdade de ir e vir durante 13 dos seus 62 anos. Embora se revele "decepcionado e magoado" com o Estado brasileiro, diz que adora o que faz e que pretende continuar trabalhando até "ser expulso pela aposentadoria compulsória aos 70 anos". Ele não sabe, no entanto, se vai contar com o aparato de segurança quando se aposentar, daqui a oito anos.

Mega-Sena pode pagar R$ 18 milhões neste sábado

Posted: 13 Aug 2011 08:15 AM PDT

A Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 18 milhões ao apostador que acertar as seis dezenas do concurso 1.310, que será sorteado na noite deste sábado (13).

Com a bolada, é possível montar uma frota de mais de 700 carros populares ou 3.600 motos de 125cc, segundo estimativas da Caixa Econômica Federal. Ou, se o novo milionário preferir, é possível comprar 72 casas avaliadas em R$ 250 mil cada. Caso aplicado na poupança, o prêmio renderia, por mês, aproximadamente R$ 120 mil.

Na última quinta-feira (11), ninguém acertou os números do concurso 1.309 e o prêmio acumulou. Na ocasião, as dezenas sorteadas em Alfenas (MG) foram: 07 – 12 – 25 – 26 – 32 – 39.

Segundo a Caixa, 100 apostadores acertaram cinco dezenas e têm direito a R$ 13.438,49. Já as 6.163 apostas que acertaram quatro números poderão sacar R$ 311,50 cada.

Por causa dos sorteios especiais pelo Dia dos Pais, a Mega-Sena não teve concurso na quarta-feira (10). As apostas na Mega-Sena custam a partir de R$ 2 e podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio.

Segundo a Caixa, as dezenas mais sorteadas na Mega-Sena são 05, 41, 33, 04, 17 e 51. Já os números que menos saem são 26, 22, 46, 09, 45 e 39.

Esquema de desvios no Turismo tem cúmplices na Caixa, diz PF

Posted: 13 Aug 2011 08:15 AM PDT

Diálogos telefônicos interceptados pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, mostram que a quadrilha que desviava dinheiro do Ministério do Turismo tinha a cumplicidade de funcionários da Caixa Econômica Federal para movimentar recursos e até obter dados protegidos por sigilo.

A Caixa informou, em nota, que abriu sindicância interna para apurar a denúncia de envolvimento de dois servidores no esquema desmantelado pela Operação Voucher e pediu acesso aos autos do processo.

No primeiro diálogo, de 1min49s de duração, interceptado no dia 2 de maio, Katiana Necchi, do Ibrasi (Instituto Brasileiro de Infraestrutura Sustentável), pede documentos ao bancário Edmilson para forjar uma prestação de contas. Ele atende ao pedido, mas faz um apelo dramático para que Katiana suprima algumas partes para ele não ser identificado, porque se trata, como diz, de "documento extremamente confidencial".

- É o seguinte: vou te mandar um documento que você tem a obrigação de me tirar aquela parte confidencial, tá?. Isso é extremamente confidencial.

A PF disse acreditar que houve quebra de sigilo funcional, crime punido com até dois anos de reclusão pelo Código Penal.

Katiana é filha de Maria Helena Necchi, sócia de Luiz Gustavo Machado, o diretor executivo do Ibrasi, preso como chefe do esquema. Ela e a mãe teriam atuado juntas na tarefa de forjar documentos, quando descobriram que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigava a fraude.

Na continuidade da conversa, Edmilson informa não haver comprovante de uma transferência entre o Ibrasi e uma empresa, em virtude de ter ocorrido um depósito e uma retirada em seguida, no mesmo valor, não havendo modo de monitorar o rastro do dinheiro (R$ 193 mil).

Segundo a PF, esse diálogo também indica saques altos na boca do caixa, pouco depois de repasses feitos pelo Ministério do Turismo, modus operandi usado por outras quadrilhas desmanteladas em operações da PF. Mostra ainda que, por falta de controle, às vezes o dinheiro ficava tempo demais parado na conta do Ibrasi, quando deveria ter sido repassado às supostas empresas terceirizadas para prestação de serviços.

Após a prisão de 36 pessoas, o Ministério do Turismo endureceu as regras para convênios e suspendeu o repasse a ONGs temporariamente. Em nota divulgada nesta semana, a Ibrasi negou irregularidades, informou já ter apresentado ao TCU e ao Ministério do Turismo documentos que comprovam a parceria e disse acreditar que "a ampla investigação dos fatos comprovará a licitude de sua atuação".

Grande São Paulo registra mais dois ataques a caixas eletrônicos

Posted: 13 Aug 2011 08:14 AM PDT

Cerca de dez homens armados com pistolas e fuzis invadiram, por volta das 4h deste sábado (13), o Mercado Doce Lar, na avenida Jaguari, nº 72, no bairro Cidade Boa Vista, região de Suzano, a 49 km de São Paulo. Eles chegaram a detonar explosivos em um caixa eletrônico do banco Bradesco instalado no local, mas não conseguiram arrombar o caixa e saíram sem levar nada.

Policiais Militares foram acionados para atender desarmar dois explosivos que ficaram intactos no local. Por volta das 8h30, o Corpo de Bombeiros e o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) ajudavam no desarmamento dos artefatos.

A ocorrência deve ser encaminhada ao Distrito Policial central.

Em Guarulhos, também na Grande São Paulo, o ataque a caixas aconteceu em um posto de combustíveis na avenida Constâncio Colalilo, altura do nº 796, na Vila Augusta. Criminosos munidos de explosivos invadiram o local, por volta das 4h30 deste sábado e explodiram um caixa eletrônico do Banco Itaú, instalado nas dependências do posto.

Nenhum suspeito foi localizado pela Polícia Militar. O caso deve ser registrado no 1º Distrito Policial da cidade.

Segundo levantamento feito pela agência Record, desde o início de abril até a manhã deste sábado (13), 142 caixas eletrônicos foram atacados no estado de São Paulo. Destes, 96 ataques foram registrados na região metropolitana.

Explosão caixas

Mais mulheres viram juízas e ocupam 36% das vagas dos tribunais do país

Posted: 13 Aug 2011 08:14 AM PDT

As mulheres são a maior parte da população no Brasil e já representam quase metade do total de advogados em exercício no país (45%), de acordo com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Também entre os juízes, as mulheres avançam e chegam a ocupar hoje mais de 30% das cadeiras dos tribunais estaduais, segundo levantamento feito junto aos 27 tribunais de Justiça brasileiros.

Um marco do poder feminino na Justiça foi a escolha de Ellen Gracie, em 2000, para ser ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), a primeira mulher a ocupar o cargo na mais alta Corte do país, e que se aposentou agora, no início de agosto. Mas a vaga deve continuar em mãos femininas, já que outras sete estão entre os cotados.

Se Ellen foi a primeira na cúpula do Judiciário, hoje não é a única. Onze anos depois, elas representam 15% do comando do STF, STJ (Superior Tribunal de Justiça), STM (Superior Tribunal Militar), TST (Tribunal Superior do Trabalho) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Nos tribunais estaduais do país, onde as mulheres também ganharam espaço, as informações que comprovam o aumento do número de juízas se referem à média obtida em 15 Estados, cujos tribunais possuíam dados atualizados do número de homens e mulheres que atuavam como juízes ou desembargadores até julho: Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Nestes locais, do total de 8.708 magistrados em exercício – entre profissionais da 1ª e da 2ª instâncias –, 5.590 (64%) são homens e 3.118 (36%) são mulheres. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por sua vez, não possui dados unificados sobre a participação feminina no Poder Judiciário, mas todos os tribunais disponibilizam, no mínimo, as informações sobre membros da segunda instância (veja a tabela completa abaixo).

A proporção é praticamente a mesma quando avaliadas apenas as regiões. No Sul e no Sudeste, por exemplo, o percentual de mulheres é de, respectivamente, 38% (748 magistradas, contra 1.209 homens) e 35% (1.641 mulheres, para 3.116 homens).

Para especialistas ouvidos , a tendência é que essa diferença diminua com o tempo, devido à crescente entrada de mulheres nas cortes por meio de concursos públicos, como avalia a juíza Renata Gil de Alcântara Videira, vice-presidente de Direitos Humanos da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e juíza titular da 40ª Vara Criminal da capital do TJ-RJ.

- No Rio de Janeiro, nós ainda temos uma maioria masculina, principalmente no segundo grau, mas no primeiro grau a quantidade é quase igual, são apenas 30 juízes a mais que juízas. Como o caminho natural é que os magistrados mais antigos se aposentem, as mulheres, que chegaram depois, vão se igualar aos homens, ou até ultrapassá-los, daqui a alguns anos.

De fato, o Rio é um dos Estados onde as mulheres mais avançaram no setor: 45% das cadeiras disponíveis no Estado são ocupadas por elas. O Estado, porém, sofreu um choque recentemente, com o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), ocorrido na última sexta-feira (12). A morte da magistrada, reacendeu a discussão sobre o esquema de segurança a que os juízes - homens e mulheres - devem ter direito para exercerem com segurança suas atividades.

Além do Rio, outros Estados também caminham para equiparara a distribuição de vagas entre homens e mulheres, como Sergipe (49%), Rio Grande do Sul (45%) e Bahia (43%). Segundo Renata Gil, porém, a ausência de pesquisas nacionais ainda impede a identificação de quais áreas da Justiça mais atraem mulheres – se é que existe um setor mais "feminino" no Judiciário.

Já em São Paulo – Estado com o maior número de magistrados do país –, embora juízas e desembargadoras representem 32% do total, o número de candidatas aprovadas em concursos no TJ-SP vem aumentando a cada ano. Só para se ter uma ideia, em 2010, esse número foi cerca de 1.350% maior que em 1983, ano em que passaram a ser computados esses dados (veja a evolução na tabela abaixo).

E apesar de o levantamento abordar somente os tribunais estaduais (Justiça comum), o cenário não é diferente na Justiça Federal. Entre 2005 e 2010, o número de magistrados federais ativos (de primeira e segunda instância) cresceu 18%, mas a proporção de mulheres permaneceu praticamente intacta: há cinco anos, elas ocupavam 31,2% das vagas e, no ano passado, 31,8%.

Pentágono lança avião mais rápido do mundo, mas perde contato

Posted: 13 Aug 2011 08:12 AM PDT

O Pentágono (Departamento de Defesa Americano) lançou nesta quinta-feira (11) ao espaço em um voo experimental um protótipo do Falcon HTV-2, o avião mais rápido já construído, que atinge velocidades 20 vezes maiores às do som. Os americanos, no entanto, perderam contato com a aeronave poucos minutos depois de começar a sobrevoar o oceano Pacífico.

A Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa dos Estados Unidos (Darpa) retransmitiu hoje pelo microblog Twitter o segundo e último teste do Falcon HTV-2, que transcorreu como estava previsto, até que se perdeu contato com o avião na fase de voo.

O avião, que pode alcançar velocidades 20 vezes maiores à do som, foi submetido a outro teste em abril do ano passado, mas a missão teve de ser abortada nove minutos depois da decolagem, ao se detectar uma anomalia técnica durante o lançamento.

Após essa tentativa frustrada, os engenheiros modificaram o desenho e os padrões de voo do HTV-2. O Pentágono voltou a lançá-lo nesta quinta-feira ao espaço, com a aeronave impulsionada por um foguete, da base aérea de Vandenberg (Califórnia).

O Falcon HTV-2 também foi testado em simulações informáticas e túneis de vento, mas só os testes reais podem garantir que ele suporte as altas velocidades e temperaturas para as quais está programado.

O avião foi elaborado em 2003, como resultado de um projeto do Pentágono para criar uma aeronave que pudesse chegar a qualquer parte do mundo em menos de uma hora e suportar temperaturas de quase 2.000 ° C. Até o momento, a última atualização da Darpa em sua conta no Twitter indicava que a aeronave tem capacidade para concluir o voo de maneira autônoma, embora se tenha perdido o contato com ela. Os dois testes do Falcon HTV-2 têm custo total de R$ 498 milhões (US$ 308 milhões), segundo dados da própria Darpa.

Uma semana após distúrbios londrinos, bairro tenta se reconstrui

Posted: 13 Aug 2011 08:11 AM PDT

As cicatrizes deixadas pela violência são visíveis nos prédios incendiados e nas lojas destruídas no bairro de Tottenham, onde começou a onda de distúrbios em Londres.

Mas, passada uma semana desde o primeiro dia de confrontos, enquanto máquinas consertam o asfalto danificado por um ônibus em chamas, ficam claros os esforços e a determinação para reconstruir a comunidade.

A atitude é resumida por Barbara, de 72 anos, que morou toda a sua vida em Tottenham.

- Ninguém está deprimido. Que escolha temos, a não ser tentar fazer o melhor possível?
Ela está entre os membros da igreja St Mary the Virgin, que fica a poucos metros de uma loja destruída pelos saques e que abriu na manhã seguinte ao primeiro dia de violência para prover refúgio a bombeiros. Ali perto, cartazes anunciam a realização de uma marcha pela paz.

Agora, a igreja está servindo os trabalhadores da construção civil local com chá, sanduíches e bolo.

"Comunidade boa"

Barbara diz ver com otimismo a atmosfera do bairro.

- Percebi, caminhando na rua, que pessoas geralmente ocupadas agora dizendo 'bom dia' enquanto passam. É uma pena o que aconteceu em Tottenham, mas nos recuperaremos. É uma boa comunidade.
O sentimento é compartilhado por um dos policiais que patrulham uma das ruas interditadas do bairro. Ele disse que, em geral, a população agradeceu a maior presença policial.

Os distúrbios londrinos começaram depois que a polícia matou Mark Duggan, de 29 anos, em Tottenham, morte esta seguida de um protesto pacífico diante da delegacia local.

O policial consultado pela BBC no bairro diz, com cautela, que a atmosfera em Londres pós-onda de violência é menos tensa.

- Antes, você percebia que as coisas iam mal.

Todas as folgas policiais estão canceladas até a próxima terça. Até lá, o policial terá trabalhado 16 dias consecutivos.

- Em geral, a população não costuma dizer coisas boas sobre os policiais. Mas, num momento em que têm medo, as pessoas apreciam a [ação da] polícia.

Negócios abalados

O empreendimento Thompson's Seafoods, que existe há 22 anos em Tottenham, teve de ser fechado por conta do perímetro de isolamento imposto pelos policiais.

O funcionário James Pledger disse que os lucros estão dois terços menores do que em épocas normais, mas que ele se considera "sortudo" pelo fato de o comércio onde trabalha não ter sido destruído.

- As pessoas ainda estão um pouco temerosas de voltar às ruas, mas é preciso seguir em frente. Não podemos deixar que eles [agressores] nos abalem.

Bob Thompson, dono do negócio, defende o bairro de Tottenham.

- Há 47 nacionalidades aqui; nunca havíamos tido problemas. É uma pena. Todos pareciam felizes na tarde de sábado [passado]. Daí acordei no domingo, liguei a TV e pensei que estava na Irlanda do Norte [geralmente associada a conflitos sectários na Grã-Bretanha]. Fiquei chocado ao ver que era Tottenham.

Ele recomenda que seus vizinhos "relaxem e tentem voltar à vida normal. Esteve tudo bem pelos últimos 20 anos".

Mark St-Clair, de 37 anos, mora em frente a uma loja de tapetes completamente destruída nos distúrbios.

Ele estava viajando quando a onda de violência se desencadeou, mas sua companheira e dois filhos estavam em casa, "com as malas prontas" para partir por terem percebido a presença de delinquentes diante de sua porta.

Apesar do trauma, ele se diz otimista quanto ao futuro. Inclusive se casou na última quinta-feira na igreja de St Mary, em uma cerimônia um pouco afetada pelas circunstâncias.

- A rua estava bloqueada, então tivemos que dar uma volta [para chegar]. E muitas pessoas com quem trabalho ficaram com medo de vir. É terrível que [a violência] tenha escalonado a partir de um protesto pacífico – as pessoas se aproveitaram disso e decidiram fazer o que veio na cabeça.

14 milhões de crianças devem tomar gotinhas contra a paralisia infantil hoje

Posted: 13 Aug 2011 08:11 AM PDT

Mais de 14 milhões de crianças menores de cinco anos de idade devem ir aos postos de saúde de todo o Brasil neste sábado (13) para tomar a segunda dose da vacina que protege contra a poliomielite, uma doença que pode causar paralisia infantil. Em 18 Estados, mais de 17 milhões de pequenos que tiverem entre um e seis anos de idade devem se proteger também contra o sarampo.


O horário da vacinação depende da estratégia de cada cidade ou Estado – em São Paulo e no Rio de Janeiro os postos vão abrir das 8h às 17h.

A primeira dose da vacina, que é aplicada em forma de "gotinhas", foi aplicada em uma campanha nacional realizada no dia 18 de junho. Tanto as crianças que tomaram a primeira dose quanto aquelas que não foram imunizadas devem ir ao posto de saúde. Essas vacinas são oferecidas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e estão disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde, para a imunização de rotina.

Mas tomar a dose durante as campanhas de vacinação reforça a proteção das crianças. A vacina contra a doença é feita com o vírus vivo atenuado, "enfraquecido", então não há risco de contrair a doença de verdade – as vacinas são dadas para que o corpo crie uma defesa contra a infecção e fique "treinado" para combater o vírus.

Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, diz que tomar a dose durante a campanha também contribui para a proteção da comunidade como um todo.

– Tomando a vacina, o vírus atenuado se distribui no meio ambiente, protegendo aquela criança que não foi ao posto de saúde. Por isso o Brasil tem essa estratégia de fazer grandes campanhas de vacinação em curto espaço de tempo.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, explica que esse é o chamado "efeito rebanho".

– Acontece uma espécie de bombardeio do vírus vacinal, formando uma capa protetora no meio ambiente, que favorece também as crianças que, por algum motivo, não receberam a vacina.

O objetivo da campanha é vacinar ao menos 95% das 14 milhões de crianças – se a vacinação ficar abaixo desse índice, há riscos para o país. Ao todo, 115 mil postos de saúde estarão abertos neste sábado.

De acordo com o Ministério da Saúde, a dose não tem contraindicação, mas crianças que estejam com febre acima de 38ºC ou com alguma infecção devem ser avaliadas antes de tomar a vacina. Os pequenos que estejam imunodeprimidos (com sistema de defesa do corpo muito sensível), como aquelas que passam por tratamento contra o câncer ou têm Aids, não devem tomar a vacina.

Entenda a doença



A poliomielite é uma doença infecciosa causada pelo poliovírus selvagem, que pode atingir o sistema nervoso central e causar paralisia muscular ou até a morte.

A doença é altamente infecciosa e afeta principalmente crianças pequenas. O vírus é transmitido por meio de água e alimentos contaminados e se multiplica no intestino, de onde pode se alastrar e invadir o sistema nervoso. Com isso, ele pode destruir neurônios motores, que ativam os músculos. O paciente pode ter a chamada paralisia flácida, que atinge principalmente os membros inferiores.

Uma em cada 200 pessoas infectadas acaba ficando paralisada de forma irreversível. Entre essas pessoas, de 5% a 10% morrem porque os músculos envolvidos na respiração ficam paralisados.

Por causa das campanhas de vacinação contra a doença, realizadas no Brasil há mais de 30 anos, o país não registra casos da doença há mais de 20 anos – o último caso foi confirmado em 1989, na Paraíba.

O problema é que o vírus ainda circula em algumas regiões do mundo: em 26 países ainda há casos da doença e em quatro (Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão) a transmissão é constante. Por isso é preciso continuar vacinando, para que a doença não volte.

Construção do Muro de Berlim completa 50 anos; país continua dividido mesmo após queda de paredão

Posted: 13 Aug 2011 07:17 AM PDT

Há exatos 50 anos, a então Alemanha Oriental surpreendeu o mundo ao erguer uma parede de 162 km em apenas 24 horas. O Muro de Berlim, como ficou conhecido, foi construído para impedir que os moradores da parte comunista do país fugissem para o lado capitalista. Mas o paredão de 4 metros de altura, que simbolizou a divisão do mundo em dois blocos, também cortou o país ao meio, separando famílias inteiras e deixando feridas que continuam abertas até hoje na Alemanha, mais de 20 anos após a sua queda.

A construção do muro começou na madrugada de 13 de agosto de 1961. As Forças Armadas da Alemanha comunista derrubaram postes e colocaram barricadas de arame farpado pelas ruas de Berlim para separar os dois lados da cidade.

Principal símbolo Guerra Fria, o muro dividiu por 28 anos a Alemanha em dois blocos: a República Democrática da Alemanha - que seguia o regime socialista liderado pela União Soviética - e a República Federal da Alemanha - sob o regime capitalista.

O objetivo da construção era evitar a fuga de alemães do lado comunista para o mundo capitalista, caminho feito por quase 3 milhões de pessoas desde o final da 2ª Guerra Mundial - eles tentavam escapar de problemas de abastecimento e da situação econômica cada vez pior na Alemanha oriental.

Após a construção do muro, o fluxo de migração caiu drasticamente: estima-se que cerca de 5.000 pessoas conseguiram atravessar a barreira entre 1961 e 1989, ano da queda do paredão.

Para o professor de Ciências Políticas e Relações Internacionais da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Tullo Vigevani, "dividir a cidade de Berlim ao meio simbolizava a divisão do mundo em dois blocos" completamente isolados entre si.

- Cada parte tinha suas próprias regras. O muro não respeitou nada. Ele dividiu ruas, prédios e famílias.

A barreira foi reforçada diversas vezes ao longo dos anos e chegou a possuir não apenas um, mas dois muros de 162 km de extensão, separados por um corredor de 100 metros de largura extremamente militarizado. A zona ficou conhecida como "corredor da morte".

De acordo com Vigevani, o muro era tão vigiado que, quem tentasse mudar de lado, era recebido com tiros. Segundo estimativas oficiais do governo alemão, 136 pessoas morreram tentando cruzar a barreira.

"Muro da vergonha" segue vivo

A construção do muro só foi possível por causa da "apatia" da sociedade alemã na época, segundo o professor de História Contemporânea da PUC de São Paulo, Amaílton Magno Azevedo. Humilhados pela derrota na 2ª Guerra Mundial, a população não realizou protestos nem manifestações contra o muro. Muitas famílias terminaram separadas por décadas sem que nada fosse feito, diz ele.

A maior conseqüência do "Muro da Vergonha", como era chamado no ocidente, foi o desenvolvimento desigual entre as duas regiões do país. Até hoje, a parte mais ao leste da Alemanha sofre com indicadores sociais e econômicos muito abaixo do restante do país, que viveu um verdadeiro "milagre econômico" durante os anos de reconstrução no pós-guerra.

A diferença é tanta que o contribuinte alemão chega a pagar um imposto conhecido como "taxa de solidariedade" para ajudar na reconstrução da economia no lado oriental. O que vai durar pelo menos até o ano de 2019.

E mesmo após 22 anos da reunificação da Alemanha, Azevedo afirma que ainda há "feridas abertas" no país.

Em uma pesquisa publicada em 2010 pelo jornal Bild, um dos mais lidos da Alemanha, 23% dos alemães do leste e 24% dos moradores do lado ocidental disseram que gostariam que o muro ainda existisse. Na mesma pesquisa, outros 16% afirmam que seria melhor se a Alemanha voltasse a se dividir. Enquanto isso, 10% dos cidadãos de Berlim afirmaram que a decisão de separar os dois lados da cidade foi "absolutamente adequada".

Azevedo explica que isso é reflexo de que ainda existem diferenças profundas que só podem ser curadas com o tempo. Para ele, há "um sentimento de vitoriosos e derrotados" e de "ressentimento" entre as duas regiões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário